O Pintor da Vida Moderna / 6ª edição
Sobre o livro
É difícil imaginar hoje a
possibilidade de, em algumas páginas, definir o pintor ou a pintura, o artista
ou a arte da vida moderna, pós-moderna, contemporânea, ou como se queira
chamar-lhe. Isto é, dirigir-se à actuali-dade, que sentimos como cada vez mais
complexa, e traçar-lhe o retrato, a essa actualidade que temos cada vez mais
dificuldade em convocar como realidade, em dizer como experiência, ou sequer em
configurar como nome. Em 1863, Baudelaire ousou fazê-lo (ou pôde ainda fazê-lo)
a respeito da arte e da vida a que então chamou «modernas». O texto O Pintor da Vida Moderna surge em três
partes, em Le Figaro, a 26 e 29 de
Novembro e a 3 de Dezembro de 1863, vindo a integrar mais tarde a colectânea
dos escritos que Baudelaire por diversas vezes projectou e alterou, e a ser
postuma-mente editado, em 1868, no volume intitulado L’Art Romantique. Não se tratando da primeira aparição do termo
«moderno», tratou-se sem dúvida de uma das mais marcantes, inspirando inúmeros
comentários posteriores, talvez pela aparição, essa sim, algo inaugural, da
noção de «modernidade» e da sua tentativa de teorização, intrinsecamente
associada, para Baudelaire, à missão contemporânea da arte, à sua condição e ao
seu objecto.
Sobre o autor
Charles de Baudelaire nasceu em Paris em 21 de Abril
de 1812. Quando em 1867 faleceu na mesma cidade, o poeta das Flores do Mal (1857) tinha operado uma
revolução na poesia, mas também na
cultura europeia. Dos poetas modernos é certamente o mais popular e difundido,
talvez porque ninguém como ele melhor apreendeu o “espírito do tempo”. De entre
as suas obras poéticas é de referir os Pequenos
Poemas em Prosa (1869). Na crítica de arte é de referir as recolhas Curiosidades Estéticas e A
Arte Romântica, avultando neste ciclo o texto sobre O Pintor da Vida Moderna.
Destaque-se ainda esse livro belo e enigmático que é Os Paraísos Artificiais.
Preço - 10,00 € + IVA (10,60 €)
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